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Safra de grãos em MG deve crescer 1,6% em 2025/26

Conab projeta aumento na safra mineira de grãos


Foto: Pixabay

A produção de grãos em Minas Gerais deve registrar crescimento na safra 2025/2026. De acordo com o Informativo Conjuntural de dezembro da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2025/2026 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de aumento de 1,6% em relação ao ciclo anterior, totalizando 18,7 milhões de toneladas colhidas em uma área de 4,5 milhões de hectares.

Segundo o levantamento, a expansão de área é de 3,6%, enquanto a produtividade média apresenta recuo de 2,0%, ficando em 4.198 quilos por hectare. “A produção total de grãos deve alcançar 18,7 milhões de toneladas”, aponta o informativo.

As condições climáticas contribuíram de forma desigual para o andamento da safra. Conforme o Boletim da Região Sudeste, o volume mensal de chuvas superou 90 milímetros em grande parte do estado, favorecendo a recuperação da umidade do solo. No entanto, “em áreas pontuais do norte de Minas Gerais e do Triângulo Mineiro, os acumulados foram insuficientes para elevar os níveis de armazenamento hídrico no solo”.

milho e soja seguem como os principais grãos produzidos em Minas Gerais e, juntos, representam cerca de 85% da produção estadual, o equivalente a aproximadamente 16 milhões de toneladas nesta safra. O levantamento também indica estimativa de crescimento para algodão, amendoim, feijão, milho e sorgo, com o início da semeadura do algodão já registrado no estado.

No caso do arroz, o cenário é distinto entre as regiões. No Sul de Minas, onde o cultivo ocorre em tabuleiros irrigados, o plantio está concluído e as lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo. No Norte, as áreas de sequeiro e várzeas úmidas também já finalizaram o plantio. Já no Noroeste e no Triângulo Mineiro, a expectativa é de redução significativa da área cultivada, “principalmente pelos preços pouco atrativos do cereal”, com a cultura restrita à sucessão da soja irrigada.

As chuvas irregulares permitiram avanço no plantio do feijão de primeira safra, que encerrou novembro com cerca de 75% da área prevista semeada. Apesar da concorrência com a soja por mão de obra e maquinário, o informativo destaca que “as operações vêm ocorrendo em ritmo satisfatório”, e as lavouras implantadas apresentam boa condição, especialmente onde há irrigação suplementar.

O plantio do milho de primeira safra alcançou 74% da área estimada, percentual inferior ao da safra passada. Mesmo com avanço em algumas regiões, produtores mantiveram a priorização da soja. O documento registra que, apesar das dificuldades climáticas, “no geral, as lavouras apresentam bom desenvolvimento”.

A semeadura da soja foi marcada por lentidão em outubro e novembro, com interrupções em diversas regiões devido à baixa umidade do solo. No final de novembro, 85% da área prevista havia sido plantada, contra 95,6% no ciclo anterior. Parte das lavouras apresentou estande reduzido, embora os replantios tenham sido pontuais. O desenvolvimento da cultura é classificado como regular.

O amendoim ampliou sua área de cultivo pelo segundo ano consecutivo, impulsionado pela atratividade econômica e por valores de arrendamento superiores aos da soja. Segundo o informativo, “a semeadura foi mais tardia, e as lavouras estão nos estádios iniciais de desenvolvimento”, em razão das chuvas mais consistentes apenas nas últimas semanas.

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